terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PSB/Rede e as alianças realistas

A confirmação da candidatura do deputado Márcio França ao governo de São Paulo, e as decisões de apoio aos candidatos Pimenta da Veiga e Miro Teixeira, em Minas e Rio, respectivamente, indicam que prevalece uma linha realista nas negociações entre o PSB e Rede na definição das alianças estaduais.
O PSB sai com um candidato próprio em São Paulo, reafirma o acordo  com o PSDB em Minas, que  tem recíproca dos tucanos em Pernambuco, e apoia a chapa do Pros, no Rio, com Miro Teixeira para o governo e o ex-jogador e atual deputado federal, Romário, para o Senado.
Outra decisão fugiria à lógica eleitoral que ainda prevalece sobre o sonho da rede de uma “política nova” , cuja implementação carece de mais clareza quanto às suas bases de construção.
A nova política depende mais de uma revolução de costumes do que legislativa ou determinante do fim de alianças heterogêneas.
Extrai-se dessas definições o critério objetivo e estratégico que as orientaram, preservando candidaturas competitivas e evitando rupturas politicamente prejudiciais ao interesse maior da oposição, que representam Aécio Neves e Eduardo Campos, de chegar à presidência da República.
Marina Silva tenta emplacar os interesses da Rede, o que é legítimo, mas os candidatos de sua preferência em estados estratégicos, como Minas e São Paulo, não são competitivos e suas escolhas privilegiariam o sonho em detrimento de uma estratégia com potencial vitorioso.
Entre os colégios eleitorais decisivos, o Rio foi  exceção, pois Miro Teixeira tem o apoio da ex-senadora.
O desfecho desse embate natural dentro de uma aliança, é uma opção pela competitividade acima da mensagem e parece mostrar à ex-senadora que o caminho mais simples talvez esteja na consolidação de candidaturas de escolha da Rede em estados  de menor potencial de conflito com o PSB.
Uma espécie de costura de fora para dentro do mapa eleitoral em relação aos centros de maior densidade e  influência , iniciando um processo de capilaridade da Rede, que poderá fortalecê-la quando partido político.
O cronograma eleitoral não favorece uma postura inflexível dentro de uma aliança que ainda precisa resgatar o tempo perdido e ganhar visibilidade.

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